sexta-feira, 14 de outubro de 2011

novembro, dezembro, janeiro.


" Quero que novembro venha com mais intensidade que outubro, que tenha um pouco mais de felicidade, de pouquinho em pouquinho... Que novembro, varra outubro, setembro, agosto, como vassoura varre e joga o pó para longe.
Que venha, e venha mesmo, meu doce novembro, dezembro, janeiro. "

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

verdades e mais verdades :]


"Desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada, nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Quero ver feliz, quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas."
Caio Fernando Abreu.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

E nunca vou compreender.


Nunca compreendi a natureza das paixões,
Mas as vivi todas em acidentes,
Sobrevivi a elas sempre doente,
Duelando... amor e insanidade.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ninguém além de nós. 14.09.2011


E nada que eu diga pode mudar, e nada que eu faça te faria voltar. E os anos aumentam esse muro, entre nossos mundos e nos deixam mudos, sem saber o que dizer. Toda vez que nossas vidas se esbarram, e acabam derretendo todo o gelo. Que se fez. Os olhares ainda contam histórias. E os segredos que ninguém além de nós, ninguém além de nós. Pode saber.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

E que fique bem claro.


Gente que faz falta ou pisou e deu revolta, saudade nunca vai mas saudade sempre volta! A vida me ensinou a dar valor pras pessoas, ver o lado positivo, elas podem ser boas!
Mas tem gente que ama as coisas e usa as pessoas, tem gente que não sabe o que é amizade e nem responsa!


[Puro Sangue CBJR]

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

E vai se arrepender.


O conformismo até é uma característica humana, mas no ultimo segundo antes de dormir, todo santo dia, você vai lembrar daquela folha, aquela bem lá do alto que chegou tarde de mais, que você não foi buscar, que você amou e não fez de tudo para ter. Você vai lembrar.
E vai se arrepender .

As pessoas mudam .

Sem porque, sem pra que. Seja para fazer diferença e conseguir um lugar na pirâmide do sucesso ou para renovar a vida e as pessoas que estão nela. Acontece que no decorrer dos dias quando ela começa a mudar e quando você der por si, ela não estará mais ali. Não haverá mais sua presença na hora do café e nem pra conversar, na hora de estudar e nem na hora de assistir um filme. Ela simplesmente se relacionará com outras pessoas e mesmo que você não seja esquecido, será com certeza menos lembrado. O fato é que você pode sofrer ao ver alguém ir embora sem conseguir segurá-lo, e você pode permanecer inquieto ao ouvir suas despedidas, porque afinal, a única coisa que você é incapaz de mudar, são as lembranças fortes que ficam pra sempre. Isso meu caro, não dá pra mudar.

" my darling , I miss you . "
Who Knew - Pink .

Difícil.


"Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
...Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu....
....Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza....
....sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria."
Tati Bernardi









Se antes de você aparecer eu já te amava, eu já te esperava, eu já sabia que você existia, como eu posso não te amar agora que você tem
forma, sorriso, coração e nome?

Estava na prova, estava também nos meus pensamentos.


Kramer apaixonou-se por uma corista que se chamava Olga. por algum motivo nunca conseguiam encontrar-se.
Ele gritava passando pela casa de Olga, manhãzinha (ela dormia): Olga, Olga, hoje estou de folga! mas nunca
se viam e penso que ele sabia que se efetivamente se deitasse com ela o sonho terminaria. sábio Kramer.
Nunca mais o vi. Há sonhos que devem permanecer nas gavetas, nos cofres, trancados até o nosso fim. E por isso passíveis de serem sonhados a vida inteira.
[Hilda Hilst, Estar sendo. Ter sido.]

domingo, 18 de setembro de 2011

Hoje eu chorei com o caminhão de gás


A primeira coisa que eu vi quando abri os olhos foi a minha cachorrinha me espiando triste do corredor, eram quatro da manhã e eu já sabia que não iria dormir mais.
Meu sono é interrompido de duas em duas horas por um pânico horrível que paralisa meus órgãos e só deixa viva a bile que toma todo o meu corpo e me faz querer vomitar até virar do avesso.
Eu arregalo os olhos para o teto, fecho minhas mãos com uma força que quase faz com que minhas unhas cortem minhas palmas e deixo a onda da dor vir, ela me sacode inteira, me joga numa profundidade sem som e me afoga por completo.
Abro as janelas porque preciso de ar, mas nunca tem ar para meu pulmão afogado. Coloco o santinho que meu avô me deu no peito e peço a ele: você já morreu por amor, não deixe acontecer o mesmo comigo.
Amar dói tanto que você volta a lembrar que existe algo maior, você se lembra de Deus, você se lembra de vida após a morte. Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria.
Não adianta, não vou dormir mais. Mas vou fazer o que então? Minha cama me lembra você, minha cachorra me lembra você, beber água me lembra você, viver me lembra você.
Vou me levantar agora e ir para onde? Tomar banho? Tomar café? Não tenho nenhuma vontade de existência, seja de vaidade ou gula. Só quero ficar deitada, mas ficar deitada também dói. O mundo não tem posição confortável pra mim, aonde vou, essa merda de dor horrível vai junto.
Chorar não adianta, eu seco de tanto chorar e não passa. Ver TV, falar ao telefone, dançar, gritar, escrever, abraçar minha mãe, tomar suco de manga… nada adianta.
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto.
Minha cachorra pede um biscoitinho, aí eu choro porque eu lembro que você adorava dar biscoitinho para ela. Está sol, e eu choro porque você ficava feliz com o sol e você feliz era tão perfeito que eu tinha medo. Aí eu vou escovar meus dentes e choro porque você tirava sarro da minha escova elétrica, depois eu faço xixi e choro porque a gente tinha liberado o xixi de portas abertas. Eu abro o guarda-roupas e choro porque eu não quero ficar bonita, eu não quero dar a volta por cima, eu não quero ficar bem pra você ver que eu estou bem e quem sabe ter saudades. Choro porque acho ridículo os jogos da vida, qualquer coisa é ridícula perto desse amor que é tão simples e óbvio.
Quando finalmente eu consigo me arrumar em meio a esse rio de lágrimas, eu choro porque o caminhão do gás passou e aquela musiquinha idiota, mais algumas crianças berrando na quadra lá embaixo e mais dois passarinhos cantando na minha janela, me lembram que a rotina, a alegria e a pureza ainda existem, apesar de você não estar mais aqui.
Dirijo até meu trabalho sem nada dentro de mim a não ser um monstro parasita que se alimenta do meu desespero, nenhum farelo de comida. Meu lado da frente está quase colando ao de trás, talvez na falta de você eu precise mesmo me juntar mais a mim mesma. Minha mesa está lá, meu lixo está lá, minha cadeira, a menina grande que fala igual a um homem, a gordinha solícita que não pára de me olhar até que eu olhe para ela, sorria e diga bom dia. Está tudo lá, mas você, mais uma vez, não está aqui.
Vou para o banheiro e choro, que novidade? Mas dessa vez porque me olho no espelho, e isso também me lembra você. Eu era sua, a sua menina, a sua criança, a sua mulher, a sua escritora predileta, a sua parceira de dar risada de programas estúpidos que passam de madrugada na TV, a sua namorada sensível que tinha medo de vomitar e de amar demais, assim como você. A sua melhor amiga pra sentar num banco de praça e falar mal de todo mundo, pra perder um trem na Itália e ainda por cima sentar num chiclete fresco ou pra cuidar do nosso porquinho de pelúcia. Eu era a mulher que encaixava a cabeça nas suas costas e sabia que tinha nascido a partir de você, eu era a mulher que esperava sofridamente você voltar mas nunca deixou de te amar mesmo quando você ia.
Todo mundo me fala que eu preciso ser minha, inclusive pra ser sua, mas eu não deixo de olhar para o espelho e ver uma metade de gente, uma metade de sonho, de sexo, de alegria e de futuro. Que se foda a auto-ajuda, que se fodam os livros com homens carecas, que se foda o terceiro olho (do cu?) e que se foda a psicologia: eu sou mesmo metade sem você e que se foda!
Se antes de você aparecer eu já te amava, eu já te esperava, eu já sabia que você existia, como eu posso não te amar agora que você tem forma, sorriso, coração e nome?

Trechos de Tati Bernardi

Foi, não é mais.


"Não foi desejo. Nem vontade, nem curiosidade, nem nada disso.
Foi um choque elétrico meio que de surpresa, desses que te deixa com o corpo arrepiado, coração batendo acelerado e cabelo em pé . Foi sentimento . Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma.
Não foram os olhos, nem os sorrisos, nem o jeito de andar ou de se vestir, foram as palavras.
Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi amor. É amor." [Tati Bernardi]

sábado, 17 de setembro de 2011

Sensação que nunca senti.


Foi a sensação mais intensa que senti. Parecia que ja havia sentido seu beijo a muito tempo atrás. Como se eu, ja te conhecesse, como se ja tivesse sido completado, como se ... como se, eu ja tivesse amado-a.

Reflexões Emocionais.




Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, e me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger, e também dei risada quando não podia, fiz amigos eternos,e amigos que eu nunca mais vi.
Amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei.
E também gritei e pulei de tanta felicidade, e vivi de amor e fiz juras eternas, e quebrei a cara muitas vezes.
Já chorei ouvindo música e vendo fotos, e também já liguei só para escutar uma voz, e acabei percebendo que me apaixonei por um sorriso, e pensei que fosse morrer de tanta saudade, tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi. E ainda vivo!
Não passo pela vida. E você também não deveria passar! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe, e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve, e a vida é "muito" para ser insignificante.


[Charles Chaplin] '

sexta-feira, 16 de setembro de 2011







Seremos donos do nosso amanhã, se estivermos unidos, em sintonia, com os nossos sonhos. (CBJR) .

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

sorria (:




Não culpe as pessoas por não serem como deveriam ser em sua concepção. As vezes é questão apenas de tempo, pra descobrir o que lhe faz realmente bem. Descobrir que o fácil, vem facil e também vai. E que tudo que se conquista, nunca se perde.

14/09/2011







É doce.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Paixão, amor e sinônimos.


Inverno

Adriana Falcão



A paixão apagou.
Sumiu.
Devagarinho, talvez, ou então de vez, como uma bolha de sabão, o fato é que se foi.
Paixão, cadê você?
Não existe mais?
Não faz mal, não.
Dizem que depois da paixão fica o amor. (Às vezes.)
É quando a doidice sossega, a agonia desaperta, o pensamento serena, a vida acena com outras possibilidades, a sanidade retorna, a realidade se reapresenta: lua é lua, noite é noite, palavras são só palavras, e nem todas elas são boas.
Agora sim.
Também era impossível viver ardendo naquele fogo, eternamente.
Ainda bem que passou, não cega mais, aquilo já era um inferno.
Melhor assim, sem tanto calor.
Já dá pra respirar melhor.
Dá até pra raciocinar, eu sou eu, você é você, e nós dois juntos somos dois.
É só somar.
Se eu quero isso e você quer aquilo, tudo bem. (É impressão minha ou o querer da gente coincidia sempre antes? Esquece.) Nada melhor do que se sentir de novo uma pessoa.
Eu vou pra cá, você vai pra lá, mais tarde a gente se vê.
Agora eu preciso olhar as garotas saindo das escolas com seus moletons, de preferência com as mangas sobrando para fora das mãos, tomar um café, depois um licor, usar meu chapéu, sabe quando a pessoa está incrivelmente necessitada de dançar na chuva?
Você faz o que quiser: cinema, teatro, boteco, futebol, o controle remoto é todo seu.
Antes de dormir a gente se encontra embaixo do cobertor, eu e você, dois, mais esse friozinho, três. Vai ser ótimo. Muito agradável. Confortável. Calmo. Tranqüilo.
Reconheça: não é muito mais fácil viver assim, desafogado, do que naquela tormenta?
Não ouviu o que eu falei?
Deixa pra lá.
Está bom aí, em você?
Aqui em mim está um fracasso, eu confesso.
Que tal meia garrafa de vinho, uma lareira, uma música antiga, qualquer coisa?
Não tem mais jeito?
A paixão não volta?
Quem disse?
A lógica? A química, a física e a biologia? Toda e qualquer estatística? O funcionamento hormonal? O passar do tempo?
Pois, então, se danem todos eles.
Você está com 21 e eu com 19, frente a frente, enlouquecidos. Então você tem 33. (De presente de aniversário eu até escrevi uns versos, mas você continuava preferindo beijos.) De repente eu me dou conta, já fiz 40 e continuo louca. Quando você tiver 58, estaremos mais encantados ainda. Viraremos matéria de pesquisa, objeto de museu, motivo de inveja, o mundo inteiro comentando "tá vendo aqueles dois? Que loucura. Que grude. Que estranho. Eu acho que é mentira. Será? Sei lá. Que coisa!".
Deixa falar.
Não liga, não.
Então, vai: me tira pra dançar.
Agora, sim, qual o problema?
Depois eu termino a crônica.

sábado, 10 de setembro de 2011

Namore uma garota que lê


Entres indas e vindas nas redes sociais da vida me deparei com um texto que preciso compatilhar com vocês. Eu pelo licença para a Gabriela Ventura do Quinas e Cantos para republicá-lo. A obra é de e foi traduzido por ela. Aprecie:

Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais.

Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.

Compre para ela outra xícara de café. Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

É que ela tem que arriscar, de alguma forma.

Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.

Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto.

Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.

Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito.

Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.


Cai, cai?
Agora é você que cai.
Que se foda se você não me acompanha mais.
Foi-se o tempo que tudo era perfeito.
E eu pedi à Deus para me tirar desse tormento.
Bang, bang, é mais um que caiu
Outra alma subiu e o mundo se fez.
Por caminhos e histórias, vitórias e glórias
Hoje eu dedico tudo isso pra você.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Square.


Um sorriso, uma lágrima, um olhar, o silêncio. Um abraço, um momento, nem mais um sentimento. Um caminho traçado. Nem mais um pensamento...

sábado, 3 de setembro de 2011

A maior de todas as dores.


Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria.